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Na época da ditadura militar no Brasil, os donos do poder cometiam crimes e imoralidades públicas, matando gente, prendendo sem julgamento, proibindo protestos de opositores. Ninguém podia reagir. Hoje na democracia faz de conta, estudantes, trabalhadores e organizações populares são esmagados em seus direitos, fazem marchas de protestos pelas ruas, a ordem dos Advogados publica nota de repúdio ao crimes dos atuais donos do poder, com essa tal reforma da previdência e a terceirização do trabalho. Os bispos da CNBB publicam protesto claro sobre os crimes das novas mudanças de regras, criando mais desigualdade social. Mas nada acontece nas consciências dos deputados e senadores, boa parte deles acusados de corrupção e propinas.
O presidente Michel Temer, servo dos Bancos e das oligarquias, industrial e agrária, está surdo para os clamores do povo e segue destruindo a sociedade nacional. O bispo de Lages, Minas Gerais, em recente homilia da missa, concluiu assim: “faço aqui um desabafo. Sou contra greve na porta da prefeitura, mas sou favorável à greve na porta da Câmara de Vereadores. Pois, é injusto e criminoso, que um professor receba um mil e oitocentos reais de salário, e um vereador receba nove mil reais por seu trabalho. Um vereador que aceita essa injustiça não pode comungar a hóstia consagrada. Em Brasília, políticos corruptos não podem comungar matando saúde e educação da população, com essas novas regras impostas. Ser político hoje não merece crédito. Amém”. Assim concluiu indignado o bispo de Lages.
Certamente que essa análise e clamor do bispo valem para todos os municípios e políticos corruptos e que votam contra o povo da Amazônia também. É urgente que os trabalhadores, estudantes, professores, associações, sindicatos e igrejas se juntem para impedir esses crimes que estão sendo cometidos por um governo ilegítimo.
Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhâ? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.