1 de abril de 2017
Cecília pastora
alegre nem triste
somente poeta
somente cantora.
Cecília menina
Cecília mulher
Cecília falena
do céu na campina.
Cecília ao vento
com leves cristais
um som, um lamento?
um não-sei-o-quê mais.
Cecília, és ave?
(voas como tal)
ou serás sereia
de arriba nave?
Tua lira, Cecília
teus algodoais
são harpa intangível
que um anjo dedilha.
Cecília agrária
que nuvens semeia
tua messe – é bela;
tua voz – é ária.
Cecília, o rebanho
já se evapora
e some, encantou-o
teu canto tamanho.
Obs: Texto retirado do livro do autor – Livro dos Silêncios
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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