1 de abril de 2017
1 – A ALEGRIA DO CEGO DE NASCENÇA
Jo 9,1-41
Se o pior cego é aquele que não quer ver,
o bom, mesmo, é desejar a LUZ!
Mas a Luz incomoda… De repente, os cegos que passam a enxergar, e quem os ajuda a encontrar a Luz, incomodam tanto quanto a própria Luz…
Feliz de quem encontra companheiros e companheiras que desejam caminhar na Luz, rumo à plena claridade: “… e conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres!” (Jo 8,32).
E a alegria da verdade que liberta deve ser aquela que faz bem-aventuradas, felizes, as pessoas que são “puras de coração” (Mt 5,8), e nos inspira a cantar:
“Dizei aos cativos; “Saí!”;
aos que ‘stão nas trevas: “Vinde à luz! Caminhemos para as fontes.
É o Amor quem nos conduz!” (cf. Is 49,9-10).
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Quem viu, neste domingo/19 de março, pela TVT, a reportagem, ao vivo e em cores, do que aconteceu no sertão da Paraíba, com a celebração da chegada das águas da transposição do Rio São Francisco à cidade de Monteiro… quem viu um povo todo, provindo de toda parte do Nordeste para se alegrar com a presença de governantes que realmente pensaram no povo e fizeram o que puderam de melhor para quem mais precisava… viu a luz da esperança brilhar num tempo de tanta escuridão e desesperança.
Será possível salvar o Brasil da ganância do Capital internacional?… Vocês estão percebendo que a ação da Polícia Federal, dos procuradores e juízes que atuam na “Operação Lava Jato”, divulgada pela TV Globo, e patrocinada pelo PSDB, visa mesmo é à destruição do nosso país como nação soberana e próspera?… Sob a aparência de luta contra a corrupção, o que se quer mesmo é acabar com a PETROBRÁS e abocanhar o PRÉ-SAL… acabar com nossas Empresas (de construção civil, de agropecuária, de mineração) e se livrar de sua concorrência no mercado mundial… acabar de vez com o sonho de um país onde todo mundo tenha vez e voz… onde, inclusive, nossas riquezas naturais e culturais sejam salvas da voracidade capitalista. Deus nos ilumine, Jesus nos cure de toda cegueira e o Espírito nos conduza por caminhos de Verdade e Libertação.
2 – A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
João 11,1-45
João, a quem Jesus amava, afirma que tinha visto tantas coisas que dava para encher muitos livros mais do que o mundo poderia conter. No entanto, diz apenas isto: minha fé, meu amor, minha vida estão em Deus, em Cristo Jesus.
João, o apóstolo do amor, testemunha a sua divindade, mas o apresenta também como verdadeiro homem: O amor se chama JESUS, o amor abraça todos os seres humanos, Jesus tem amigos como aquela gente de Betânia, Marta, a mais velha, Maria e Lázaro seu irmão. Jesus amava, diz João, Marta e Lázaro e Maria.
(P. Emmanuel, in Messalino Quotidiano dell’Assemblea, EDB, Bologna, 1984 )
E nós aqui, nós temos amigos e amigas?…
Nosso amor nos faz capazes de nos compadecermos de alguém?…
Nossa compaixão é mais que uma passageira emoção?… Nosso amor compadecido nos faz capazes de iniciativas?…
Nosso amor nos faz solidários com a dor de quem sofre, a ponto de arregaçarmos as mangas e fazermos, não só que está a nosso alcance, mas até nos superarmos?…
Nossa solidariedade é tão criativa e eficaz, que chega a resgatar da morte aqueles e aquelas que já cheiram mal?…
Pensemos:
– nos povos originários, totalmente identificados com suas terras, suas águas e florestas, seus peixes, suas aves e animais, e tão maltratados pelos nossos governos…
– nas comunidades quilombolas que a partir de suas terras e territórios construíram toda uma cultura de sobrevivência, um jeito de trabalhar e desfrutar, um jeito de festejar e celebrar, tão prejudicados pelos preconceitos e por uma cultura branca de escravidão;
– nas comunidades rurais, nos ribeirinhos e pescadores, tanta gente identificada com seu solo, seus rios, mares e mangues, sua fauna e sua flora, contribuindo com originalidade e sabedoria para a preservação e a sustenta-bilidade da nossa terra, e tantas vezes tão desassistidos do poder público…
Quem será por eles,
……………em nome de JESUS? …
Obs: Reginaldo Veloso de Araújo é Presbítero das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, no Morro da Conceição e Adjacências, Recife-PE.
Compositor litúrgico, com diversos CDs gravados pela COMEP/Paulinas e pela PAULUS
Assistente adjunto do Movimento de Trabalhadores Cristãos – MTC
Assessor pedagógico do Movimento de Adolescente e crianças – MAC
Membro da Equipe de Reflexão sobre Música Litúrgica do Setor de Liturgia da CNBB
Mestrado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana – PUG (Roma, 1962)
Mestrado em História da Igreja, pela PUG (Roma, 1965).