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O carnaval da cidade de Óbidos é singular por apresentar uma cultura de resgate e preservação dentro do conceito de carnaval da cidade. A cultura popular, cuja a expressão máxima é seu Mascarado Fobó, persiste a aculturação baiana expressa no ritmo frenético do forró elétrico, ou dos sucessos anuais do carnaval baiana. Os blocos, os responsáveis por fazerem a alegria dos brincantes, assumem temas e expressam-se por meio de um “desfile” temático onde a cultura, verdadeiramente local, é representada. Alas, comissão de frente, porta estandarte, rainha… fazem parte dos blocos. E o principal deles: O Mascarado Fobó.
Sobre este personagem a melhor definição diz que: “é um misto de risos, medo, admiração e alegria; ora causa espanto às crianças que o temem por suas bexigas, ora causa risos, mas também, aguça a ira das pessoas que, banhadas em suas portas ou nas esquinas, recebem do Fobó polvilhadas de Maisena”.
E ao som das músicas próprias dos blocos os brincantes bailam pelas ladeiras estreitas da cidade até o destino final denominado de “Fobódromo”, onde a festa continua (na maior parte das vezes ao som do forró elétrico).
Contudo, o Carnapauxis ainda se configura como expressão cultural carnavalesca amazônica.
Meu Carnapauxis
É sabido que cada um festeja o carnaval a seu modo. Que cada um sabe a quantidade de bebida para ser feliz… Comigo não é diferente. Me encanta uma cultura popular que nasceu há tempos e que se renova, ou se transforma. Uma cultura que insiste em não ser vencida. Deixada de lado. Uma cultura carnavalesca que ainda se esforça para manter vivo seu personagem maior: O Mascarado Fobó. Uma cultura que encanta não por fazer igual as outras cidades: mimesis carnavalesca. E sim, por ressignificar a cada ano a importância maior: a cultura originária de sua tradição.
E viva O Mascarado Fobó
Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.
Fotos do autor.