elza fraga 1 de março de 2017

elza o despertar

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E eu que não cantava e não sorria
não bebia a vida
em taças frágeis
com medo de despedaçar
meu mundo
e quebrar meu coração
onde as feridas
cortavam fundo

aí chega você
e seu jeito vagabundo
e muda meu rumo
e me aponta o norte
e diz que vai mudar a minha sorte
e que vou conseguir ficar feliz
outra vez pra sempre

e eu acredito
e rio e danço pra você
e meu corpo se abre em primavera
tudo em mim gira
estranha festa
e lembro das cantigas mais antigas
e volto a cantar e a florir

e me visto de roupas coloridas
e me abro ao sol
e me entrego ao mar
e me perco definitivamente
no seu olho
e faço poesias ao luar
busco seu colo abrigo e consolo
e me deixo levar pela maré

só que sonhos acabam com o dia
por mais que se tenha fé na utopia

o despertar é balde de água fria
e é o tempo que marca e encarcera

e me descubro
bem mais só
que antes era…

bem mais só
que antes era…

Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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