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O consumismo em nossos dias é algo cada vez mais crescente. A busca pelo ter acaba por ser o que rege a nossa sociedade contemporânea. Roupa nova, carro novo, celular novo… tudo fica velho e fora de moda muito rápido e parece que todos devemos acompanhar as novas tendências, pois hoje em dia somos definidos muito mais pelo que temos do que pelo o que somos e isso é muito triste, já que o nosso verdadeiro valor muito excede à toda riqueza deste mundo.

Engodados com a falsa promessa de felicidade, as pessoas trabalham e ocupam o seu tempo de forma que venham a obter mais dinheiro para conquistar mais “coisas”. Por causa disso, elas chegam a sacrificar o convívio em família, a criação dos filhos e o relacionamento com os amigos sob a desculpa de que estão fazendo isso para lhes proporcionar “coisas boas”, quando para eles não há nada melhor e mais importante do que a presença de quem se ama.

Uma vez eu escutei alguém dizer que o dinheiro não traz a felicidade, mas manda buscá-la. Bem, o conceito de felicidade expresso nesta frase representaria viver uma vida estressante, totalmente voltada para o trabalho e ausente do convívio com as pessoas que verdadeiramente o amam, para comprar (ou mandar buscar) coisas que, por se estar sempre tão ocupado, mal poderá desfrutar. Bom, isso para mim não é a representação de uma vida feliz e certamente também não é assim que a Palavra de Deus nos ensina a proceder.

Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. (1 Timóteo 6:10)

Neste momento eu gostaria de deixar bem claro que o dinheiro em si não é ruim. Ele é um bem necessário e facilita a nossa vida em vários aspectos. O que a Bíblia nos diz é que o amor ao dinheiro é que é a raiz de toda espécie de males.

Todo ser humano busca a felicidade e a busca por algo que lhe satisfaça e preencha o seu ser é algo inerente à vida, mas o preenchimento desse vazio existencial certamente não é encontrado no dinheiro ou naquilo que ele pode buscar. Explico.

Se o dinheiro fosse a chave para a felicidade, as pessoas no topo da pirâmide social, ou seja, as pessoas muito ricas e que podem ter qualquer coisa que o dinheiro pode comprar, seriam as pessoas mais felizes do mundo, correto? Pois é, mas a realidade é que o índice de depressão e suicídio nessa camada social é bem maior do que nas outras classes sociais!

O que acontece é que ao finalmente conquistarem as coisas ou a posição na qual repousava a sua esperança de felicidade, as pessoas percebem que tudo não passava de uma ilusão, pois o vazio  existencial continua a fazer parte de sua essência. Diante de um quadro de infelicidade percebe-se que por mais dinheiro ou posição que se tenha conquistado, isso não vale nada se não se consegue ser feliz.

A busca do homem pela felicidade, na realidade, se confunde com a sua busca por Deus. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus para se relacionar com Ele, mas, por causa do pecado, ele se viu separado daquele que o criou. Entretanto, embora separados, dentro do homem algo anseia pela reconciliação com o seu Pai, pois para esse propósito é que ele foi criado.

O pecado do homem lhe tirou a capacidade de percepção de sua necessidade de relacionamento com Deus, implantando a mentira da auto-suficiência. Por causa do pecado, o homem tende a acreditar que ele pode conquistar qualquer coisa, inclusive a felicidade, pela força de seu próprio braço, tentando em vão ocupar com bens, posições ou pessoas o espaço que deveria ser preenchido por Deus.

A verdadeira felicidade reside no reencontro com o Pai, na volta ao primeiro amor. Só Deus é capaz de preencher o vazio que reside no íntimo humano e dar sentido à vida neste mundo. Sem Ele, nada faz sentido e a nossa vida não passa de uma piada sem graça. Mas, com Ele, somos completos. O seu espírito em nós nos preenche e nos satisfaz a ponto de termos a capacidade de sermos felizes e de termos paz em meio a tempestades.

Se você já é cristão e já se reconciliou com o Pai, não caia na armadilha de colocar a sua felicidade no amor aos bens terrenos, mas busque juntar tesouros no céu (Mateus 6:19-21). Isso é o que lhe fará verdadeiramente feliz.

Mas, se você ainda não tem esse relacionamento com Deus, eu gostaria de lhe estimular a abrir mão de tentar ser feliz apenas pela força de seu próprio braço e tomar a decisão de entregar o controle de sua vida a Jesus. Para isso, basta fazer uma simples oração.

Dinheiro algum é capaz de comprar a felicidade que conquistamos em Cristo, pois através Dele nós nos reconciliamos com o Pai. Em Cristo, passamos a ter uma vida plena de sentido e cheia de satisfação em cumprir o propósito para o qual fomos criados.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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