fotonova Nei2

[email protected]
neipies.com

Vivemos num momento histórico rico, denso e controverso. A realidade contemporânea tem diferentes textos e contextos, que precisam ser lidos e interpretados. Nesta perspectiva, junto aqui alguns pequenos textos por mim elaborados e publicados, em separado. Juntos, pretendo dar a eles um contorno e uma articulação, cuja intenção é dar maior interpretação ás diferentes realidades nas quais estamos inseridos.

*
Um dos maiores desafios do mundo contemporâneo: recomeçar. Recomeçar não é começar do zero, mas fazer de novo com mais experiência. Este desafio aplica-se à vida pessoal, às organizações, aos partidos, às escolas, aos diferentes coletivos. Para tanto, é necessário desaprender para aprender de novo. Quem tiver humildade e coragem para tanto, será mais equilibrado e mais realizado.

*
Quem luta também educa. Quem ama, também educa. Quem não anula e menospreza sua consciência, ganha mais vida na dignidade, justamente por assumir-se como é. Para os educadores, a educação não é um fim, mas sempre meio para estimular as condições subjetivas, materiais e sociais para que toda pessoa possa sonhar e conquistar sua felicidade. Para que a felicidade aconteça, é preciso muita coragem para viver e para lutar por nossos direitos e nossa dignidade.

*
Nem padre, nem pastor ou líder religioso, sou professor! Como líder religioso, falaria apenas a partir de uma religião. Como professor, posso apresentar o conhecimento acumulado de várias religiões, sem comparar e desmerecer uma em detrimento de outra.

*
Aos vencedores, a glória. Aos vencidos, os sentimentos de incompetência, revolta e impotência. E estes últimos sentimentos geram muitas tensões sociais e de convivência, desfavorecendo nossa condição de seres em relação.

*
Eu tenho convicção de que os poderes da república precisam ser autônomos e respeitados, mas que a solução dos problemas brasileiros não será fora da política, da democracia e da representação dos diferentes interesses da coletividade, através dos parlamentos. A maioria dos políticos atuais me envergonha, mas isso não me dá o direito de desacreditar na política. Para o Brasil evoluir, precisamos de uma ampla e irrestrita reforma política, que não interessa aos atuais mandatários e políticos.

*
O sentido maior da compaixão para com os pobres: não os defendemos por serem bons ou anjos, mas porque são parte de uma sociedade desigual, que não sabe lidar com eles.

*
O político na educação não é o ideológico-partidário. O político na educação refere-se sempre às ações e intervenções na sociedade.

*
A desobediência civil, através da irreverência, do inusitado, do inesperado e da surpresa sempre foi uma forma que os ativistas do mundo afora encontram para chamar atenção de suas causas. O que não podemos admitir são as reações estúpidas das forças policiais que tem por missão defender, não atacar. Não queiramos ensinar ninguém a protestar.

Obs: O  autor é professor, escritor e ativista em direitos humanos, desde Passo Fundo, RS.
https://www.facebook.com/neipiesies/?fref=ts

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]