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Hoje eu queria me libertar de mim
Voar, voar, voar como naqueles sonhos
De criança.
Afrouxar o meu peito dolorido
Deixar fluir aquele aperto, aquela angústia.
Não ter que dar satisfação a ninguém
Viver meus sonhos, correr nas minhas aventuras
Cantar em voz alta, aqueles poemas
Que embalaram a minha juventude
Não ter que pagar nenhuma conta
Não ter que me calar para não soltar nenhum palavrão
Pela indignação com a injustiça humana
Que deixa tanta miséria se renovar
Pelos políticos corruptos que nos roubam diariamente
E impunes continuar a se locupetrar
Queria mergulhar em ondas tranqüilas
Sentir a brisa em meu rosto
Deliciar-me com o perfume das rosas
Invejar saudavelmente o sorriso de uma criança
Suspender por alguns momentos
Meus compromissos de adulto
Jogar tudo pro ar
E correr para um abraço apertado
Que me enchesse de ventura
E me transmitisse a paz que preciso
E que me organizasse internamente
Mas quão difícil é tudo isso…
Só porque não sou mais criança…
Que absurdo…
Obs: O autor, Prof. Dr. Rômulo José Vieira é Acadêmico da Academia de Ciências do Piauí; Acadêmico da Academia de Medicina Veterinária do Piauí; Acadêmico correspondente da Academia de Medicina Veterinária do Ceará; Acadêmico correspondente da Academia Pernambucana de Medicina Veterinária.