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Carregamos uma mochila com nossos conteúdos, experiências, vivências, histórias, tradições familiares, culturais, religiosas, e essa mochila determina muito dos nossos comportamentos.
Com os itens dessa mochila construímos nossa subjetividade, a maneira como nos comportamos com o mundo que nos envolve, com os eventos que acontecem ao nosso redor. Os conteúdos dessa mochila entram em ação nas questões triviais assim como nas especiais, nas tolices e nas tensões.
Pode ser que sua mochila esteja pesada ou cheia de ideias que nada produzem, apenas coíbem. Isso pode ser seu hoje, mas não precisa ser seu amanhã; o grande barato da vida é essa possibilidade de mudar, trocar conteúdos, questionar tradições e não repetir simplesmente por repetir. Não estou sugerindo uma revolução sem causa, apenas o simples hábito de questionar os valores sobre os quais sua vida está sendo construída.
Essa ideia de questionar posturas, comportamentos e reações faz parte da minha mochila profissional. Quer seja com o microfone na mão ou no consultório, faço perguntas; sei que não é fácil questionar hábitos, requer coragem, todo tipo de análise requer coragem. Por que faço isso? Porque entendo que apenas identificando o problema podemos vislumbrar a cura. E por que tanta resistência em questionar os hábitos? Porque além de ser difícil, isso pode colocar você diante de um certo alguém que você não gosta… E é com esse alguém que você passa o dia, dorme, trabalha, viaja… Que tal abraçar a coragem?
Entrar em um processo de se conhecer não é fácil, mas pode ser um caminho encantador. Olhar para dentro do coração é abrir a possibilidade de dar um novo significado para histórias perdidas no tempo, um novo olhar para eventos doloridos ou até mesmo enfrentar algo que está abafado mas que ainda não foi encarado.
Aprendi com um rabino que na vida é preciso buscar integridade. Ser inteiro, aberto com nossas sombras e luzes na mesa, disposto a aprender, alterar, jogar fora, abraçar o novo, rir e chorar.
Faça planos para os próximos anos, só não esqueça de se incluir neles.
Desejo que você que está lendo este texto algumas coisas novas, mas saiba que nem tudo precisa ser mudado. Desejo que você tenha forças para realizar alguns sonhos, mas lembre-se de que nem todos são bons, alguns na verdade são pesadelos disfarçados; e então desejo que você saiba perceber a diferença.
Desejo que você saia do trilho um pouco, que desça do trem e saia andando, abrindo sua própria trilha, encarando os riscos e aproveitando a paisagem. Desejo que você ganhe dinheiro, mas que sempre pergunte a si mesmo: “Quem aqui é dono de quem?”.
Desejo que a felicidade surja sem pedir licença, produzindo falta de ar, surpresa, assombros.
Obs: O autor é Psicanalista, maratonista e escritor.