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O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que não tem tempo pra dizer pro tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem”. Danilo Dias

O tempo é engraçado. Passa do jeito que quer. Chega sem avisar e nunca para quando queremos. Começa de repente, passa devagar quando fazemos algo que não gostamos e voa, quando fazemos o que queremos.

Quando somos crianças, por exemplo, parece que os dias são mais longos e que eles se arrastam, na inversa proporção que se acelera a nossa vontade de crescer para fazer coisas de adultos.

Quando chegamos à idade adulta, ele, rebelde e sem ligar para o que queremos, vai passando cada vez mais rápido, principalmente quando estamos de férias ou com pessoas que amamos.

O tempo é assim. Tem vida própria e não liga para o que a gente quer ou acha. Vai passando por nossa vida ou talvez, seja até ao contrário, nossa vida vai passando por ele. E ele ali, seguindo o seu caminho, sem sequer nos dar uma colher de chá.

E, ao chegarmos à última semana do ano, o tempo se torna ainda mais vaidoso. Afinal vai passar de um ano a outro. E é aí que ele faz a festa, passando do mesmo jeito e iludindo a gente que tudo agora vai ser diferente.

Não somos senhores do tempo. Não temos como acelerá-lo ou atrasá-lo. Mas somos senhores e senhoras das nossas vidas. Não podemos impedir que o amanhã chegue ou que o hoje vire passado. Mas podemos decidir como queremos passara nossa vida pelo tempo.

Por isso, em lugar de ficarmos desejando feliz ano novo para as outras pessoas e agradecendo aos que nos desejam também, vamos arregaçar as mangas e fazer acontecer um ano novo feliz, onde possamos fazer as coisas diferentes que sempre quisemos ou repetir aquelas que nos fazem ser felizes. Que tal traçarmos agora as nossas metas para 2017?

Vamos sorrir mais, abraçar com vontade, pedir desculpas com sinceridade, desculpar com o coração, beijar com a alma, ouvir com paciência, ser solidário, partilhar o pão, o ombro e o nosso tempo.

Vamos andar descalço pela casa, na areia da praia, na grama. Que tal encontrar mais vezes com os amigos,  jogar com eles, seja jogo de tabuleiro, vídeo Game ou RPG. Ou vamos, simplesmente, jogar conversa fora, tomar um café, marcar um cinema.

Vamos encontrar um lugar bem legal e assistir ao por do sol. Correr para a praia a tempo de ver o nascer da lua. E depois, contar estrelas, ouvir música e cantar, sabendo a letra ou inventando, porque o bom mesmo é soltar a voz.

Vamos curtir os amores de nossas vidas, marido, esposa, namorado, namorada, amado, amada com mais intensidade. Vamos sentar no chão e curtir a nossa descendência. Ah, os filhos e as filhas, frutos de nossos amores, não importa se hoje dissabores. Os netos e as netas, os presentes que recebemos da vida, de graça, como um bônus, uma recompensa, pela paciência, pela persistência de chegar até aqui.

E vamos também cuidar da saúde, fazer exercícios, começar aquela dieta, ler, sem esquecer nunca de sonhar e amar, amar muito e todo o tempo.

Se a gente conseguir atingir uma parte dessas metas, com certeza, estaremos fazendo outras pessoas felizes. Então, nem precisaremos mais desejar um feliz ano novo pra ninguém. Sabem por que? Porque já estaremos fazendo feliz o novo ano.

Que tal então fazer um feliz 2017?

Obs: A autora é  jornalista, blogueira e Assessora de Comunicação.
Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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