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Ainda era cedo da noite, não mais que 20hs e estávamos revistando as malhadeiras no lago da Hidrelétrica de Curuá-Una, na localidade de Novo Horizonte. Três pessoas ocupavam a pequena embarcação, e terminada a pescaria retornávamos devagar entre tantas árvores mortas, então resolvi fazer uso da lanterna para procurar um jacaré entre a vegetação da margem do lago.
Não demorou muito para ver aquele olho como uma brasa e então pedi ao meu velho pai que mudasse a direção da canoa para onde estava o temido animal. Quando já estava bem perto o danado submergiu lentamente e ficou como se nos observando do seu esconderijo entre a vegetação aquática.
Estava tão perto que era possível alcançá-lo com as mãos, isso para quem tem essa habilidade e coragem o suficiente. Não era grande o animal e para quem gosta da carne desse bicho, daria, sem dúvidas, uma bela refeição.
Perguntei então ao meu velho pai se era para matar o animal, acertando na cabeça com o remo, o velho respondeu positivamente, mas nossa conversa foi interrompida com os gritos do João Vitor Praciano Guimarães que o bicho era grande e poderia nos morder, e avisou em tom de seriedade, se o Sr. acertar esse animal com o remo eu pulo da canoa, pois ele vai pular bem aqui onde estou sentado…..Respeitando o pedido com esse tom ameaçador, deixamos o Jacaré em paz….
Melhor perder o jantar do que perder um filho…..

Obs: O autor é  Professor da Rede Pública Municipal de Santarém.
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA. Técnico em Educação na Rede Estadual. Especialista em Ciências Sociais para o Ensino Médio e autor do livro – Brinquedo: Contos e Poesias.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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