Pela janela da vida
Vi o tempo passando
Vi os dias e as pessoas correndo
Vi os amores chorando
Vi o ocaso da alegria
Vi que a vida não me espera
Encontrei meu coração em guerra
Escutei no silencio um carinho
Dos olhos enxuguei uma lágrima
Senti os pulsos sangrando
Enquanto tentava segurar a esperança
E as pernas não podem correr
Os braços não conseguem nadar
Vou ficando sem ar
O mundo continua igual
Cada um com sua rotina
Lavando o chão com a terra
Limpando as mãos com o sol
Sem mesmo acreditar que renasci
Vou vendo que o tempo fugaz
Escapa por entre os dedos
Fazendo um sinal
Uma digital de quem amou
No poema sonhado
Do outro lado do tempo.
(Arame, MA, 31 de outubro de 2016)
Obs: O autor é escritor, poeta, advogado, Especialista em Gestão Ambiental de Cidades e Mestre em Gestão e Planejamento Ambiental.