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No final do século 21, surgiram várias discussões a respeito do “bullying”. Para contextualizar, é importante resgatar a origem do termo que se derivou da palavra inglesa “buly”, que traduzido para o português possui o significado de valentão ou brigão.

Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. É um problema mundial, podendo ocorrer em qualquer contexto onde haja pessoas se interagindo, tais como escola, família, local de trabalho, academias, entre vizinhos etc.

O bullying, comumente, é praticado por motivos reais ou não contra alguém como colocar apelidos maldosos e humilhantes, cometer agressões físicas e/ou verbais, captar e divulgar imagens caricatas ou não sem consentimento da vítima (inclusive nas redes sociais), excluir alguém de uma “roda” por motivos étnicos, raciais, culturais, homofóbicos, religiosos e outros que fogem do chamado “padrão”. Nessa linha de raciocínio, são inúmeras as causas que levam os indivíduos a agredir, ferir, humilhar, ameaçar, chantagear, expor a vítima a situações vexatórias e outras atitudes desumanas.

Mesmo com toda a repercussão do assunto, de acordo com uma pesquisa do IBGE, no Brasil, o número de casos de jovens submetidos às agressões físicas ou psicológicas vem crescendo nas escolas públicas e particulares, principalmente, entre os alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental II, acontece entre autores e vítimas de todas as classes sociais. A justificativa para esses atos, normalmente, se dá pela aparência física: obesos, negros, homossexuais e outros. Sabe-se que o alvo dos agressores, geralmente, são pessoas pouco sociáveis, sem capacidade de reação, possuem baixa autoestima e potencial sentimento de insegurança.

O bullying traz sérias consequências tanto para autores quanto para vítimas quando não há intervenções firmes e necessárias, principalmente, quando ocorre no ambiente escolar, podendo comprometer a aprendizagem e o desenvolvimento psicossocial dos indivíduos, tornando-os pessoas com sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. É essencial que o trabalho de conscientização seja feito com todos os envolvidos autor(es), vítima, famílias e espectadores do bullying, aqueles que endossam a agressão e os que a assistem passivamente. É necessário abordar a questão da tolerância ao diferente e do respeito por todos, inclusive com os pais dos alunos envolvidos. É necessário que as pessoas que praticam tais atos se informem sobre o assunto e respeitem o próximo, pois o real significado da palavra respeito não está sendo valorizada nos dias atuais.
Diga não ao bullying!

(Publicado no jornal CORREIO de Uberlândia em 18.10.2016)
Obs:  O autor é estudante de Relações Internacionais.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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