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O casamento é o sonho de muitas mulheres, isto é fato. É bastante comum ouvir mulheres dizerem que desde crianças já escolheram cada enfeite do vestido e cada detalhe da cerimônia. Para muitas é como um sonho de contos de fadas, no qual o príncipe encantado irá carregá-la em seu cavalo branco para longe da infelicidade e em rumo à terra do “felizes para sempre”. Mas será que a fonte de nossa felicidade está no casamento?

O casamento é uma instituição criada por Deus (Gênesis 2:18-24) e firmada por um homem e uma mulher (Gênesis 2:24; Mateus 19:5). No casamento o homem e a mulher formam uma só carne (Genesis 2:24; Mc10:8) e escolhemcaminhar juntos para cumprir um propósito comum e formarem uma família.

O casamento é algo maravilhosamente planejado por Deus para trazer alegria e aliviar as cargas do dia-a-dia do casal.

Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa. (Eclesiastes 4:9-12)

Veja que o compromisso é o de trilharem o caminho da vida um ao lado do outro. É o de dar suporte um ao outro para tornar a caminhada mais leve. O compromisso assumido entre os dois envolve companheirismo, fidelidade e responsabilidade no cuidado de um para com o outro. No casamento, compromete-se a amar.

A felicidade é algo que preenche o vazio da existência e dá sentido à nossa vida. É algo que vem a suprir o que estava faltando, é como a última pecinha de um quebra-cabeças, que, sem a qual, o torna totalmente inútil. A felicidade é dom de Deus e somente Nele podemos encontrá-la. Se alguém se casa buscando ser feliz ou abraçando a responsabilidade de fazer o outro feliz estará, na realidade, abraçando uma impossibilidade que o deixará triste, pois, por mais que deseje, não terá como cumprir aquilo que prometeu.

Embora o casamento tenha sido criado por Deus para ser uma experiência feliz, ele não deve ser encarado como a fonte de nossa felicidade. A felicidade não está em pessoas, que erram, que julgam e que muitas vezes nos decepcionam. Ela também não se encontra em coisas, bens materiais ou riquezas, mas a felicidade mora dentro de cada um de nós, que temos a Cristo.

O que acontece é que a forma de pensar deste mundo nos leva a ser cada vez mais dependentes de nós mesmos. As pessoas tendem a colocar a fonte de sua felicidade no que elas podem conquistar; como um marido bonito, uma casa confortável ou um carro bom. Como se quando olhasse para o que possui, o orgulho de ter alcançado todas essas coisas trouxesse a felicidade.

Na realidade quando, nesta busca pela felicidade, finalmente se alcança o bem desejado, seja um casamento ou bem material, o que se vê é que o orgulho pela conquista de forma alguma trouxe a felicidade. Ao chegar ao topo a pessoa se dá conta de que o orgulho era só orgulho mesmo, e muitas vezes pensa: “acho que ainda não é o suficiente”. E a partir de então  entra na ciranda de querer conquistar ainda mais coisas ou culpar o cônjuge pela sua falta de felicidade.

Amadas, não precisamos agir assim. Devemos procurar a nossa felicidade em Deus. É Ele quem nos preenche e nos ama mais do que qualquer pessoa neste mundo (1João 4:9). Ele é a fonte que supre todas as nossas necessidades (Filipenses 4:19) e nos faz ter paz em meio a qualquer circunstância (Filipenses 4:7).

Uma passagem muito interessante sobre este assunto está no capítulo 4 do Livro de Lucas. Nesse texto Lucas nos fala sobre o dia em que Jesus entrou na sinagoga em Nazaré e foi lhe dado o livro do profeta Isaías para ler. Vejamos o que diz a Palavra de Deus:

E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. (Lucas 4:17-21)

Na passagem acima, Jesus leu uma parte da Palavra de Deus que falava sobre si mesmo e o seu ministério.

Jesus é a resposta que o mundo precisa para preencher o vazio e o sentimento de incompletude que habita nos corações de quem não o conhece. Somente Jesus é capaz de trazer sentido à vida e transformar algo que era seco e vazio em um vaso cheio, completo e trasbordante.

Isso mesmo, transbordamos. É impossível viver a felicidade e a realização que Cristo nos dá sem que isso alcance outras pessoas. Fomos chamadas não só para desfrutar dessa completude, mas também para apontar o caminho para que outras pessoas também venham a obtê-la (Marcos 16:15).

Para nós que estamos em Cristo, cada novo dia é motivo de nos alegrar pois é um dia especial feito por Deus como um presente para nós (Salmos 118:24). Cada novo dia é uma oportunidade para conhecer mais o Senhor, ter mais experiências com Ele e viver os seus milagres diários. Para nós que estamos em Cristo, cada novo dia é um dia de andar em paz e alegria não só porque a felicidade habita em nós, mas porque Deus nos escolheu para apresentarmos a outras pessoas o caminho que leva a essa felicidade.

Nós, mulheres cristãs, devemos buscar em Deus a nossa satisfação de vida. Nele está a nossa felicidade e não em pessoas. Um casamento tendo Jesus como a terceira dobra (Eclesiastes 4:12) é algo maravilhoso de se viver, é um verdadeiro presente de Deus, mas não pode ser encarado como a fonte de nossa felicidade.

Que possamos viver a plenitude da felicidade que está em Cristo Jesus, e andemos sempre atentas às grandes e principalmente, às pequenas ocorrências de nosso dia-a-dia, pois é nelas que o Senhor nos mostra como são felizes aqueles que O tem como Pai.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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