1 de dezembro de 2016
O tempo passou,
a beleza se foi deixando as rusgas.
E eu comecei a sonhar
com o tempo que não volta mais.
Em fração de segundo
tudo parecia se recompor
na forma abstrata das minhas lembranças.
Entrevi pela primeira vez
o teu-meu rosto.
Quem eu fui estava ali
totalmente decifrado.
O que tu foste,
também estava ali
confinado na transparência
e eu só pude entrever
poucos detalhes.
Fiquei perplexo quando percebi
que aquela imagem que o espelho
insistia em projetar
era apenas um desejo teu e meu. (Caetés 23.06.2003)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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