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Vivemos dias sombrios para maioria das populações  brasileiras, que se assemelham aos dias trágicos da ditadura militar de 1964. O clima se agravou com a votação da peste da PEC 55 Apesar das grandes manifestações por vários estados da federação, especialmente pelas ocupações de estudantes em universidade e escolas públicas, 61 senadores dos 83 existentes, votaram pela implantação do projeto de emenda da constituição, a PEC 55.

Deputados e senadores, presidente e seus ministros cada dia perdem mais confiança do povo. Sem o menor respeito aos eleitores humilham com um plano de arroxo dos pobres, estudantes e trabalhadores. Ao mesmo tempo mandam a polícia bater e jogar bombas lacrimejantes sobre os que resistem, como aconteceu na última quinta feira na esplanada dos ministérios em Brasília onde cerca de 30 mil pessoas protestavam contra a aprovação da PEC.

A direção da CNBB lançou uma dura nota na semana que passou contra os abusos dos poderes da república. DISSERAM ELES QUE “Vivemos uma profunda desconfiança institucional no país, particularmente com relação aos poderes da república. Notícia de que estaria sendo gestado na Câmara Federal, um acordo para anistiar o crime o caixa dois foram recebidos com indignação pelo povo brasileiro”. Em outra nota os bispos declararam que a PEC 55 é imoral e injusta.

Em Santarém, como em muitas outras cidades do país, estudantes, professores, técnicos da universidade, sindicato dos urbanitários, estão nas ruas, ou ocupando, com apoio de alguns movimentos sociais e organização indígena. É verdade que há os ingénuos e os oportunistas que são contra a ocupação das escolas; há pais de tentam impedir seus filhos de participarem das manifestações em defesa da justiça e dos direitos dos estudantes. Têm medo da repressão, sem perceber que a repressão maior está vindo com a reforma do ensino médio e com a PEC 55, cortando verbas da saúde e da educação, entre outros prejuízos aos trabalhadores.

Mesmo assim cada dia aumenta a resistência porque pouco a pouco adultos e jovens compreendem que a  humilhação é grande e demorada sobre os pobres e os trabalhadores. Querem 20 anos se novos recursos para a maioria dos brasileiros. Em vinte anos aumentará a população, aumentarão os jovens querendo estudar, aumentará o número de doentes precisando de SUS e hospitais, mas os recursos não aumentarão.

Nenhuma ditadura  segura um povo consciente, unido e resistente. O governo golpista sabe disso e por isso está usando a bruta  repressão policial. Mas Jesus Cristo avisa que  são bem aventurados os que tem fome e sede de justiça. E disse mais- “felizes serão vocês se forem caluniados, perseguidos, e até mortos por estarem lutando por justiça e paz . Alegrem-se porque os nomes de vocês estarão garantidos no Reino”.

Portanto, se os políticos estão traindo seus eleitores e fazendo os interesses dos ricos e do governo golpista, mas os estudantes e os grevistas garantem que só um caminho que vencermos a ditadura dos políticos é unido nossas forças, apoiando os que ocupam escolas, que fazem greves justas. Quando vamos às ruas exigir respeito aos direitos dos povos, e lutamos contra todo tipo de ditadura político e financeira, estamos fazendo a vontade de Deus. Pois como disse Jesus uma vez, “nem todo o que diz Senhor, Senhor, entrará no reino do céu..”. Mesmo com os dias atuais sombrios, temos que fazer surgir a luz da vida para todos.

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
 Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhâ? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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