15 de novembro de 2016
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Por onde eu andava
enquanto tu sofrias
as dores
e o frio
da alma vazia
de esperança e sonhos?
Por onde eu andava
enquanto te agitavas
em sonhos pesadelos
de horrores e de medos?
Por onde eu andava
enquanto o pranto amargo
escorria tuas faces
desenhando vincos
refletindo um mundo
de monstros noturnos?
O meu sorriso mudo
tatuado na cara
contava
que eu andava
longe
mesmo a teu lado
mesmo ombro a ombro
Todo o ser é só
ilha isolada
quando o desespero
encontra a alma aberta
e entra porta a dentro
e faz a sua morada
no centro
dum coração deserto
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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