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Em tempos modernos já não é suficiente apenas ter uma formação pedagógica ou uma licenciatura específica para atuar em sala de aula e obter sucesso. É preciso se reiventar a cada aula e a cada dificuldade encontrada no agir docente.

O planejar diário se transformou em pesquisa e o velho caderno dos planos de aula vai dando lugar às ferramentas diversas como computadores, celulares, tablets, Data Show e tantas outras que modificaram o modo de trabalhar em sala de aula. Mas isso infelizmente não é uma realidade nacional. Ainda temos muitos lugares nos quais as escolas continuam sendo espaços precários e as ferramentas didáticas se resumem a giz, quadro negro com buracos e o velho livro didático descontextualizado. E o(a) professor(a) atua como o velho ferreiro que precisa fundir o ferro para criar novos artigos para o seu uso diário.

O ser professor(a) atual não se explica apenas pelo amor à profissão, agora o capital vem em primeiro lugar, passou a ser uma profissão mercadológica na qual a busca pela sobrevivência se sobrepõe ao amor ou vocação. Porém requer compromisso e dedicação. Requer respeito e paciência. Requer o apoio das famílias e participação ativa da sociedade, do contrário, o ser professor(a) se finda nas dificuldades e na acelerada desvalorização desse profissional. Uma desvalorização que vai além da remuneração a atinge o ser social como se ele fosse um “ser menos” como bem afirma Paulo Freire.

Ser professor(a) soa para a “elite branca” desse país como se fosse a última opção de trabalho para um ser humano.

Mas ser professor(a) é gratificante e nos leva a admitir que somos importantes, pois a educação formal é uma arte e nós somos os “inventores” dessa arte do ler, escrever, calcular, interpretar…A arte de ser cidadão reconhecendo seu papel social com direitos e deveres e com o poder de mudança. Uma mudança capaz de reconhecer na figura do(a) professor(a) um trabalhador importante dentro dessa teia moderna de operários invisíveis.

E neste dia 15/10 não basta apenas parabenizar este profissional, é necessário enxergar nas suas ações uma maneira eficaz de melhorarmos nossas gerações de crianças e jovens para que os mesmos possam garantir a existência dessa profissão mais adiante. Que a “arte” de ser professor(a) seja uma escolha e não uma opção por necessidade de conseguir o pão do dia a dia!!!!
Parabéns profissionais da educação que ainda resistem aos maus tratos de nossos governantes e, muitas vezes, dos pais e dos alunos….!!!!!!

Obs: O autor é  Professor da Rede Pública Municipal de Santarém.
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA. Técnico em Educação na Rede Estadual. Especialista em Ciências Sociais para o Ensino Médio e autor do livro – Brinquedo: Contos e Poesias.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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