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Transtornos emocionais são alterações do funcionamento da mente do ser humano, ou seja, algo que está em desordem, vivência ou sentimentos que causam sofrimentos constantes e intensos, que prejudicam o desempenho da pessoa na vida familiar, no trabalho, e em outras áreas do dia-a-dia. Baseado na OMS (Organização Mundial da Saúde),  os problemas emocionais são caracterizados por alterações mórbidas do modo de pensar, do humor e no comportamento de um individuo. Pesquisadores, pela primeira vez no ano de 2013, chegaram a conclusão que cinco dos principais distúrbios psiquiátricos (depressão, ansiedade, bipolaridade, hiperatividade), podem ter relação com fatores genéticos. A maioria dos transtornos emocionais são causados por traumas do passado, ansiedades, estresses, pânicos, depressões, entre outros.

No século XXI, no qual vivemos agora, as palavras ansiedade, depressão e síndrome do pânico estão sendo cada vez mais conhecidas pelos indivíduos. Considerada por especialistas da saúde como o mal do século, a ansiedade e os demais transtornos psíquicos, atingem mundialmente, de acordo com a OMS ( Organização Mundial da Saúde), cerca de 33% da população mundial, e o Brasil aparece nessa lista como o segundo país do mundo com níveis de estresse acima da média, ou seja, altíssimos. Segundo a Previdência social, os transtornos psíquicos é a terceira  maior causa de afastamento dos trabalhadores brasileiros. Outro dado alarmante,  que constou em um relatório realizado pelo  São Paulo Megacity Mental Health Surve, realizado em 2014, apontou que os paulistas possuem a maior incidência de transtornos mentais do mundo. As alterações psíquicas estão afetando cada vez mais crianças e adolescentes ao redor do mundo. De acordo com o site pediatria em foco, 13 de cada 100 crianças apresentam algum transtorno psíquico, seja ele a ansiedade, síndrome do pânico, depressão, fobias, por exemplo. Segundo uma pesquisa do Instituto de psiquiatria dos Hospitais das clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 12% da população brasileira é ansiosa, representando um universo de aproximadamente 24 milhões de indivíduos. Estima-se ainda, que ao longo dos anos, 23% dos brasileiros sofrerão com algum tipo de transtorno ansioso em suas vidas. De acordo com o psiquiatra Giovani Missio, ‘o número de mulheres com problemas emocionais é maior, comparado com os homens, possivelmente por questões biológicas, genéticas e hormonais’, afirma o psiquiatra.

Os sintomas que esses problemas psicológicos podem causar no corpo humano é algo alarmante, pois podem dificultar a aprendizagem dos indivíduos que sofrem desses males, alteração na pressão arterial, comprometendo o sistema vascular, danos no aparelho gastro intestinal, tremores, ondas de frio ou calor, sensação de enlouquecimento, despersonalização, e diversos outros sintomas que podem  ou não afetar  a  convivência e a vida social dos indivíduos. “As emoções têm a função de proteger as pessoas de episódios danosos ou, ainda, fazer com que vivenciem mais longamente circunstâncias propícias ao seu bem-estar. Alguém equilibrado emocionalmente é aquele que experimenta a emoção apropriada para a situação que está passando”, diz Roberto Banaco, doutor em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), membro da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental.

Os transtornos emocionais não são considerados como um problema de saúde, portanto, em algos casos, os “fantasmas” da mente tomam conta da vida do individuo, prejudicando e “escravizando” o ser humano de todas as formas possíveis, fazendo com que o portador desses males tenham sentimentos avassaladores. O medo é um dos principais sintomas.

Como qualquer outra doença, os transtornos mentais precisam ser diagnosticados e tratados de forma correta, porém, existem milhares de pessoas que são desinformadas sobre o assunto, considerando a ansiedade e a depressão,por exemplo, como apenas um “estado emocional” ou então uma “frescura”. Parte desse preconceito, parte justamente da falta de informação. O assunto, ainda, nos dias atuais, é difícil de ser debatido e explorado até mesmo pela mídia.

Obs: O autor é estudante de Relações Internacionais.