Edilberto 2015 blog

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Depois de amanhã, um dia importante, embora cheio de inseguranças. Numa democracia verdadeira, seria um dia de real cidadania, onde as bases políticas  da nação, iriam renovar seus legítimos representantes na base da federação. Infelizmente no Brasil ainda não é assim. Basta observar como a grande maioria dos vereadores e prefeitos que terminam seu mandato em dezembro, hoje se apresentam pedindo votos para continuar no cargo. Por que querem continuar, se a maioria deles não correspondeu durante quatro anos aos anseios das comunidades urbanas e rurais?

Neste país de democracia precária, funciona a ideologia do centro  com tudo e a periferia com as migalhas. Os municípios ficam com minguados recursos e as demandas da população aumentam a cada ano. O que leva um político a insistir em se reeleger para vereador ou prefeito? Será que nos nove estados da Amazônia tem algum prefeito que trabalhou com dedicação total, organizou a administração pública, atendendo as prioridades da maioria das populações,  urbana e rural?

O município de Santarém, no Pará pode ser exemplo para análise. Aqui vivem 370 mil habitantes, dos quais,  300 mil na área urbana. As maiores urgências da população urbana são: um hidro porto em condições de receber e despachar viajantes pelos rios; um sistema de água potável permanente nas residências, um hospital materno infantil e  escolas de tempo integral com salários dignos aos professores. Na área rural, escolas de ensino médio com qualidade nas comunidades pólo, assistência real à agricultura familiar e postos de saúde,  com médicos permanentes, como seria o programa mais médico.

Para isso, os partidos com seus candidatos deveriam  apresentar um programa de governo que focalizasse as prioridades da população rural e urbana. Nenhum fez isso, porque provavelmente nenhum tenha um programa de governo. Como todos são semelhantes, sem ideologia própria, quase todos nas campanhas, chegam com promessas de fazer isso, aquilo  e aquilo outro. Não dizem como vão realizar as obras.

Assim, como os e as eleitoras podem  fazer uma escolha consciente? Algumas orientações para um eleitor consciente,  tem aparecido da parte da Igreja católica e entidades sociais.  Olhar o passado dos candidatos e não as promessas de futuro. No passado de cada candidato examinar três pontos: a. a honestidade na sua vida pessoal e coletiva; b. capacidade de administrar na comunidade e nos negócios; c. carisma político que inspire confiança nos eleitores, pelo que fez e como fez na vida comunitária.

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
 Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhâ? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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