[email protected]
http://www.blogdeinamlo.blogspot.com.br/
http://meloina.blogspot.com.br/
http://www.inamelo.blogspot.com.br/
Fim de uma tarde fria de novembro. A chuva começou cedo e a cidade logo ficou coberta com uma nuvem colorida de guarda-chuvas. Caminho apressada e vou à procura de um lugar onde possa ficar só. Em Paris todos são livres.
Sigo por St. Germain e paro nos “Les Deux Magots”, na esquina da Praça Sartre e Simone de Beauvoir, dois ícones da literatura francesa que tantas e tantas vezes escreviam, liam e recebiam amigos neste e noutros cafés desse Boulevard, boêmio e encantador.
Procuro uma mesa do lado de fora. De repente um jovem aparece na calçada tocando clarinete. A doce e suave canção “La Vie en Rose” invade a fria tarde. As pessoas passam por ele indiferentes, umas com pressa para algum encontro, outras deslumbradas pela efervescência da cidade.
Eu, com a minha taça de vinho emociono-me e presto atenção. São muitas as pessoas sentadas à minha volta. Talvez nem escutem a canção que tão bem representa Paris. O músico, artista de um palco imaginário, continua tocando canções francesas dos velhos tempos.
Atenta, espero alguém que eu queria e sei que não virá. Neste momento, nada importa. Apenas o Hino ao Amor, solto nos acordes do clarinete faz com que o coração se bandeie para o ontem e lembre de outros fins de tarde mágicos passados nesse mesmo Café, entre amigos, conversas agradáveis, risos e todos com uma coisa em comum. Paixão por Paris.
O tempo passa, a noite chega e o meu encontro com o sonho não acontece. O que faço? Pago a conta, agradeço, cumprimento o jovem e sigo para um jantar solitário no Le Procope. Para mim isto é vida, é amor, é Paris. Café “Les des Magots”,. (02/011/11, entre 17 e 20 horas.)
Obs: Imagem enviada pela autora.