E o que dizer de nós que muitas vezes penduramos nossas forças no armário da desilusão sem motivo aparente, num inconformismo barato, paralisado, tendo o corpo em perfeita ordem? O que dizer desses corpos perfeitos que cultuam imperfeições? Quem são realmente os deficientes? Eles, que se superam e lutam para vencer as suas dificuldades ou alguns de nós que criam dificuldades dentro da vantagem de gozar da perfeição física?
Hoje, assistindo a uma competição de natação fiquei reparando essa superação. Cada um com sua particularidade, cada um usando um meio de compensar de alguma forma o seu problema e todos lutando por um objetivo maior, o de ser pleno em suas limitações, independentemente de resultados.
E é assim que deve ser a vida, usarmos plenamente nossa capacidade em benefício próprio e do próximo, sem demagogia, entregando-se de corpo e alma, aproveitando -se da vantagem de um corpo perfeito e uma mente sã focar no bem comum que na verdade é o bem que o mundo está precisando.
Sim, podemos muito mais do que fazemos, porém, sós, não chegaremos a lugar nenhum. É preciso pensar de maneira coletiva, estando abertos a opiniões, experiências e ajudas.
Que comecemos a semana com esse pensamento de fortalecimento. O mundo está passando por um momento de renovação e interiorização. Vamos voltar nossos olhos primeiramente para nosso interior, cobrar claramente nossas posturas diante de nós mesmos para depois cobrar da sociedade, dos amigos, dos políticos enfim. Não podemos cobrar de quem quer que seja algo que nem mesmo está em nós e nada, absolutamente nada se faz se ficarmos apenas esperando do mundo. Superar nossos limites e imperfeições, sejam elas físicas ou espirituais. O mundo precisa de uma limpeza que pode começar em cada um. Culpar os outros é cômodo e fácil, mas não esqueçamos que fazemos parte desse contexto.
Boa semana para todos.
Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/
Imagens enviadas pela autora.