Imaginemos que temos filhos e filhas e eis que um belo dia, no auge de suas adolescências quase sempre com uma pitada de rebeldia, eles simplesmente confessem que, por motivo desconhecido, são homossexuais! Como então agir racionalmente diante desse fato sem querer resolver na força física ou nas palavras ásperas? Será mesmo que nos dias atuais, até as famílias com alto grau de instrução formal irão aceitar tal situação de maneira controlada? É uma situação que requer, no mínimo, uma ampla reflexão sobre os valores da família. Mas que valores podem ser considerados nessa loucura de mundo globalizado onde parece ser tudo permitido ou pelo menos aceitável?
Pois bem, vamos imaginar nossas reações de pais/mães com uma estrutura familiar definida sexualmente ao longo dos tempos. Sem dúvida, nessas horas, é preciso agir com respeito às escolhas dos filhos. Mas só isso não basta, é necessário ir além, é imprescindível agir procurando esclarecer as conseqüências de tais escolhas para todos os envolvidos num mundo que marginaliza a homossexualidade e colocam em risco até mesmo a integridade física daqueles que assim se declaram gays ou lésbicas.
Para qualquer pai/mãe deve ser um golpe duro, mas o respeito precisa existir para que os problemas, principalmente os de convívio familiar, sejam superados. Outra coisa importante nisso tudo é o diálogo aberto em torno do tema Educação Sexual, pois entendo que somente dessa maneira poderemos estar contribuindo para garantir a felicidade de nossos jovens que optaram por essa vida.
Obs: O autor é Professor da Rede Pública Municipal de Santarém.
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA. Técnico em Educação na Rede Estadual. Especialista em Ciências Sociais para o Ensino Médio e autor do livro – Brinquedo: Contos e Poesias.