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Da gaiola do nosso relacionamento
em algum momento,
o trinco se abriu:
o amor fugiu.
Por hábito, continuamos
a trocar a água
e a renovar o alpiste.
Mecanicamente, cuidamos
de uma ave
que não mais existe.
Obs: O autor é escritor e editor. Também é sócio-proprietário da Editora Penalux.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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