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Os ventos suaves da tarde revolviam os longos cabelos de Marina enquanto ela caminhava pelas areias mornas da praia. A musselina envolvia o seu corpo firme mostrando uma silhueta de sílfede.

O sol mergulhava entre as montanhas deixando atrás de si uma tela de vários vermelhos. A noite se preparava para cobrir a terra com o seu manto diáfano. E a mulher seguia as marcas infinitas deixadas na areia. O suave vai e vem das ondas formava um bale de espumas brancas beijando-lhes os pés.

Ela, indiferente a toda essa beleza continuava a sua caminhada. Um estrondo explode e do mar surge um homem envolto em algas verdes. Uma forte ventania leva-o para junto de Marina que abre os enormes olhos azuis e fixa no rosto trigueiro à sua frente.

Pesadas gotas de chuva começam a cair e mais trovões explodem no ar. A tempestade chega envolvendo os caminhantes num imenso redemoinho. Abraçada com o desconhecido, ela se deixa levar pelas gigantescas ondas rumo ao misterioso e arrebatador mar, desconhecido mundo lúdico e encantado. A lua sorridente estende os braços e leva-os para conhecer outras praias e outros amores.(nov.2015)

Obs: Imagem enviada pela autora.