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Numa noite fria e silenciosa da cidade interiorana aprendi que o amor transcende a tudo. Na Matriz iluminada por círios e adornada de rosas vermelhas, uma cena me emocionou: Celebrava-se os sessenta e cinco anos de casamento de Anita e José Jorge. Com as névoas do tempo cobrindo-lhes a cabeça, estavam tranqüilos, com aquele ar dos que seguiram a trilha determinada por Deus: crescei e multiplicai-vos. Em torno filhos, netos e bisnetos, três gerações alimentadas pela árvore mãe, fincada no solo fértil do amor, da compreensão, companheirismo e tolerância. Um exemplo de que o casamento prossegue como uma instituição respeitada pela sociedade moderna. Que felicidade a mais para este casal, ter como celebrante um dos seus filhos, o Padre Aristides. Imagino a sua emoção ao ver os pais ao pé do altar. No celebrante percebi que estavam contidos sonhos do quais abdicou para servir ao Senhor. Através dos irmãos, sobrinhos, netos e bisnetos era ele o enviado de Deus para abençoar a todos, unidos num só pensamento: o amor. “Porque o amor é o amor em qualquer tempo e em qualquer parte, mas fica mais denso, quando mais perto da morte”. A cerimônia seguiu ao som dos violinos envolvendo a todos numa áurea de luz e emoção. Sentados e silenciosos, Anita e José Jorge reviam o passado, onde naquela mesma igreja, se uniram pelo matrimônio. Que belo exemplo para a juventude de hoje, tão cética em relação a esse sentimento que domina o mundo, mas que poucos sabem cultivá-lo. Amar diz o poeta é seguir juntos, olhando na mesma direção. E foi exatamente o que eles fizeram para chegarem a tão importante momento de suas existências. Que todos lhes sigam o exemplo. Amar, sabendo entender e perdoar os altos e baixos que a vida nos oferece.( Recife, 11/08/012.)
Obs: Imagem enviada pela autora.