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Eu decidi ir embora. Metaforicamente, claro. Decidi fechar algumas portas, cortar algumas amarras. Decidi que, de vez em quando preciso agir como se cuidasse de um grande guarda-roupa.
Eu posso guardar o que eu quiser ali dentro. Posso fazer a bagunça que eu quiser, afinal, ele é meu. Mas depois de um tempo cultivando tanta bagunça, algumas coisas começam a desaparecer. Ou embolorar. Ou estragar. A melhor solução, então, é fazer uma grande limpeza.
Jogar fora o que já não serve, mesmo que seja difícil. Afinal, há sempre aquela peça que não nos serve há anos mas que possui tantas lembranças.
Talvez guardar somente lembranças não seja tão saudável. Talvez nós precisemos jogar fora algumas coisas, para que haja espaço para outras.
Usando essa metáfora não quero dizer que as pessoas e as relações são como peças de roupas que podemos usar até ficarem desgastadas. Mas quero ressaltar que as relações são, principalmente, fundadas em interesses. Quando os interesses se vão, quando não há nenhum motivo que nos traga mais felicidade, talvez seja a hora de dizer adeus e continuar por um outro caminho.
Talvez hoje eu esteja escrevendo para diminuir o peso que é dizer adeus à boas memórias. Mas é preciso, é sempre preciso.