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É urgente se aprender a ler os sinais do tempo presente, tanto na natureza, como nos acontecimentos sociais e políticos. Afinal, a sociedade dita civil não tem direito de sentar na arquibancada e apenas olhar o triste e inconsequente espetáculo que hoje ocorre na Amazônia e no país todo. Muito mais grave será essa sociedade ficar indiferente, ou até estupidamente aplaudindo a tragédia em andamento, tendo como líder das desgraças um governo interino e ilegítimo.

Três  ministros já foram derrubados por acusações de crimes, outros estão na mira da justiça. O presidente como uma barata tonta, vê seu governo se esfacelar e se apresenta cinicamente na televisão como se tudo estivesse sob controle.

Na rica Amazônia os carcarás oportunistas avançam sobre a floresta e os rios em busca de mais lucros enquanto é tempo.. Querem menos leis e fiscalizações para poder invadir terras indígenas, onde há madeira de lei, minérios e campo para expansão do agronegócio. Atualmente são mais de cinco mil quilômetros quadrados de floresta derrubada nos últimos três anos. Os rios, ou estão envenenados pelo mercúrio e arsênico dos garimpos, como em Roraima e no tapajós, ou estão sendo violentados pelas barragens. Como em Rondônia e no rio Xingu.

Já o governo interino avança para satisfazer os industriais e o agro negócio, arrochando a vida dos trabalhadores e dos mais pobres. Corta recursos da educação e da saúde e garante facilidades aos empresários.

Essa é apenas uma simples leitura dos sinais do tempo presente na Amazônia e no Brasil. Se assim é e continua, não poderá a sociedade civil ficar lamentando e levando pau nas costas.  Está passando a hora de reagir. Sindicatos, Movimentos populares, Igrejas, pesadores, trabalhadores familiares, universitários, estudantes de ensino médio todos esses e essas que sofrem os impactos de um país desigual precisam reagir.

A democracia representativa não está mais funcionando. É hora de a democracia direta entrar em ação, ir às ruas, fazer pressão com greves, como estão fazendo os estudantes de São Paulo. Se a tragédia político econômico está em andamento é preciso salvar as populações de hoje e do futuro.

Aplauda se o lava jato, mas não se pode esperar apenas pela justiça legal. 34 milhões de moradores da Amazônia precisam ser salvos dessa tragédia.

Obs: Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhâ? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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