15 de junho de 2016
Existe um olhar que estraçalha a alma:
olhar da despedida,
o olhar do adeus pleno de incertezas de um futuro reencontro.
Existe um olhar que insinua cumplicidade:
confirma encontros proibidos,
dissimula desejos incontroláveis.
Existe um olhar da traição:
revela as verdadeiras intenções,
provoca rupturas profundas e revoltas
que atordoam a alma até a sua agonia final.
Existe o olhar que revela a verdade:
diz quem somos,
o que pensamos,
e o que não podemos deixar de ser.
Existe o olhar que transforma:
a dor em êxtase,
as incertezas em segurança,
as perdas em saudades,
é o olhar do amor. (4/3/2008 – Carpina/PE)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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