1 de maio de 2016
quando a vida
(que se supunha
porta de saída)
vira boca de túnel
e a luz
(que se supunha
feérica)
apaga o caminho
foge-se do real
foge-se do palpável
foge-se de si mesmo
mas os pés
um dia cobram
o chão
é quando
o olhar se alonga
e reconhece-se
(no outro lado do espelho)
não o eterno
nem o divino
mas o humano
então inicia-se
o imenso
e necessário trabalho
de crescer um pouco mais
e em cada movimento
não sabido
descobre-se
a veia que pulsa
rigorosamente viva
é tempo
de acordar o ar
ainda não respirado
e caminhar
Obs: Imagem enviada pela autora
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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