Romulo O homem da areia

[email protected]
www.poematisando.blogspot.com

No conto O Homem da Areia temos aí uma luta travada entre a “perseguição” que o jovem Natanael sofre por Copellius. Desde a meninice, a imagem do homem da areia criada por sua mãe, essa imagem diabolisada pela criada da casa, o acidente e a morte do pai até a vida adulta Natanael sofre com isso. O autor do conto reflete a maneira pela qual deveria contar tal história. Assim, como nas Babas do Diabo vemos o autor mergulhado num dilema crucial: ambos são tomados por espírito que os induz a ter de escrever, a contar: era uma vez… ou logo medias in res; “nunca se sabe ao certo como isto deve ser contado”.

O Homem da Areia destaca a questão dos olhos: olhos que encantam e olhos que enganam. Destaco o momento em que Natanael encanta-se por Olímpia através de seus olhos. Parecem tão reais (como a fotografia), mas não o são.

Uma das características contidas em ambos os contos, além do dilema do autor em como contar a história, esse desprender da ideia da consciência do autor para ser posta no papel, está, também, a ambiguidade.

Nas Babas do Diabo, temos um morto que conta a história. Este relaciona ideias diferentes ao mesmo tempo. No momento em que narra a história relata outras ações que presencia. O conto descreve sobre a imagem fotografada que nem sempre pode ser real.

Já no outro conto temos como forma de ambiguidade a imaginação de Natanael concretizando a figura do Homem da Areia a racionalidade de Clara que julga como delírio ou apenas como construção imaginaria a figura do Homem da Areia cultivada por Natanael.

Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.
Imagem enviada pelo autor.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]