15 de maio de 2016
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Lentamente as asas se descolam do corpo e parecem criar uma vida independente.
Fecho os olhos. Já não sinto mais meu peso: sou como uma pena a flutuar no ar, mesmo que ainda um tanto desajeitada. Sinto todos os cheiros, todos os climas, todas as correntes de ar.
Respiro bem devagar e aprumo meu corpo e sobre a pele sinto nascer um desenho interno. Quem eu sou agora? Não importa quando toda a mudança se processar eu saberei, eu serei alguém completamente novo neste mundo e o encontro com outros como eu será irremediável.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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