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– Termine de aplicar cera nas salas, nos quartos. Os banheiros estão limpos e o restante da casa de fazer gosto. Pode deixar que passo uma vassoura na área de serviços e tudo ficará limpo, já está entardecendo – Comentava Minerva com sua ajudante terminando a faxina do dia. – Hoje estou só eu e o bebê, odeio ficar sozinha em casa. Mas o que fazer? Pode ir se quiser, termino por aqui.
Com a vassoura na mão e o pensamento longe, Minerva colocou mais força nos braços que o esperado, batendo com o objeto de limpeza no chão de madeira em baixo da mesa. Ficou espantada quando uma tábua deslocando-se colocou a mostra um compartimento secreto naquela parte da casa.
Estava escuro do outro lado da fenda. O bebê dormia, viu-se sozinha na casa. Pegou uma lanterna, na outra mão a vassoura.
Agachada ao lado da mesa Minerva tentava ver o que teria no pequeno compartimento que se abrira ao acaso, até então oculto aos seus conhecimentos.
Observou algo em formato de uma mulher, pensou: “Não pode ser um cadáver, se fosse o mal cheiro já teria impregnado por tudo aqui”. Pode ser uma boneca, o rosto era legível. Com o cabo da vassoura procurou atingir o ser deitado a poucos centímetros de sua visão. Acertou no objetivo. Sim era o rosto de uma mulher, aparentemente morta.
Quis gritar, quis correr. Procurar ajuda, anoitecia. Não queria ficar ali, pegou o bebê no colo e saiu correndo pela rua a escuridão se fazia intensa. Procurou ajuda. Nada que resolvesse.
O jeito seria alugar um quarto de hotel, descansar aquela noite e no dia seguinte denunciar o ocorrido. Saberia resolver a questão. Mas somente no dia seguinte.