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O Brasil vive um período de crises econômica, política e moral, que eu jamais havia pensado viver o suficiente para testemunhar todas juntas e trazendo, em seu rastro, muitas mais. São ladrões dentro do próprio governo roubando deslavadamente, traficantes perigosíssimos dando as cartas (e alguma grana também!), policiais se corrompendo, as drogas e a violência tomando conta do país, de norte a sul, professores sendo desrespeitados por alunos – e por pais de alunos também – enfim: caos total!
No resto do mundo também impera o caos, a violência, o desrespeito à vida e à dignidade humana!

Tudo isso sem mencionar o absoluto desrespeito à natureza e à vida que dela depende diretamente. São terremotos, tsunamis, tempestades violentas, como há muito não se via. Vêm para devastar!

E no Brasil, temos a eterna seca no nordeste que em mais de cento e vinte anos de república não conseguiu ser vencida – ou não quiseram vencer?! E agora, com o esgotamento sem controle dos recursos naturais, ameaça faltar água na região sudeste, enquanto, na região sul ela abunda – e inunda! Causando mais desastres!

Em meio a tudo isso, assistimos a mais uma catástrofe! A de Bento Ribeiro, em Mariana! Terra (e vilarejo) totalmente arrasada com a lama contaminada seguindo seu caminho de destruição rumo ao mar do Espírito Santo! Que também sofre suas próprias catástrofes!

Tenho pensado muito em tudo isso, confesso que com desesperança, já que não consigo enxergar nenhum ponto de luz, por mais tênue que seja, no fim desse buraco escuro por onde teima em caminhar a humanidade. E eu, por acomodação ou inércia, sigo junto…

Sexta feira, 13 de novembro, estávamos comemorando solitariamente os noventa e um anos de minha mãe, quando fomos abalroados pela terrível notícia do atentado terrorista em Paris! Todos os canais de TV tentando dar em primeira mão as últimas notícias, ou as mais quentes, numa enorme preocupação pela também eterna luta de audiência. Esse verdadeiro “massacre de informações” que a mídia tenta nos impor, por momentos parece estar nos familiarizando com a tristeza de uma realidade cada vez mais violenta ao redor do planeta, mas é aqui onde consigo ver um pontinho de esperança: não! Não creio que possamos nos acostumar a isso!

E o meu coração chorando pelos muitos e anônimos mortos e feridos, que tiveram seus momentos de lazer, ou de trabalho, sei lá, bruscamente interrompidos por mais um ato de terror entre os tantos que já testemunhamos ao longo dos últimos anos em várias partes do mundo.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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