ina coloquios amorosos

[email protected]
http://www.blogdeinamlo.blogspot.com.br/
http://meloina.blogspot.com.br/
http://www.inamelo.blogspot.com.br/

Sempre ficamos na esquina da Rua da Moeda para ver o Carnaval passar. Lá tem de tudo, uma mistura de pobres, ricos e remediados, coisas que só o Carnaval pode fazer. As pessoas se vestem como querem e como podem. Vestem fantasias do que desejariam ser ou inventam em casa mesmo, mas tudo numa alegria regada a suor e cerveja! Mas fiquei encantada com dois pombinhos lá em cima de prédio cor de rosa, aos beijos e abraços e como se diz na linguagem deles, arrulhando! Assim escrevi esta crônica..

Lu e Li trocavam beijinhos e afagos no alto do prédio rosa choque. Em baixo a alegria rolava solta. Marchas e frevos-canções falavam de amores perdidos, confetes dourados, máscara negra, ciganas e tantos outros temas comuns à época.

Ninguém se preocupava em olhar para o alto e vê-los arrulhando coisas de amor numa linguagem mágica e initeligível. Por mais barulho que as orquestras fizessem nada interferia no colóquio amoroso daquele jovem casal embalado pela brisa suave vinda do mar.

Então pensei na marchinha que diz: …”é lindo ver o dia amanhecer e pastorinhas lindas cantar que o Recife tem o Carnaval mais bonito do Brasil…”. E quando o sol partia para abraçar à noite eles, os apaixonados, repetiam com a multidão lá de baixo:

…”Oh! Oh! Saudades, saudades tão grande, saudades que sinto do clube das Pás, dos Vassouras, passistas trocando tesoura nas ruas repletas de lá…” Abriam as asas e voavam para se esconder e amar num recanto secreto dos velhos sobrados do Recife. (Carnaval 2016.)

Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]