Se eu perguntar: Aonde ele está?
Alguém dirá: No céu.
Mas, eu ainda inconformada, perguntaria… Em que parte do céu?

Acho que o céu é o que há de mais vasto…
Deve ser enorme! Tão grande, que quando um dia eu for, levarei anos sem fim para encontrar os meus que já se foram a muito tempo…

O céu pode também ser tenebroso!!! Tudo que é desconhecido, mete medo. O mundo em que vivemos não é tão bom, é muito cheio de imperfeições…
Mas, ninguém quer passar para o outro lado.

Vou me sentir perdida, sem nada meu, só com a roupa do corpo.
E o meu teclado? Minhas cruzadinhas? Meus bordados que sempre fiz, e quase nunca com eles fiquei.

Sei não, eu penso num céu, onde ao menos eu possa me sentir a vontade.

Prefiro ver em primeira mão Maria a qual chamo de Mãe Senhora e milhares de designações, porque, Ela sim, Ela é muito popular e é do povo! Jesus não, Ele é muito mais pomposo! Mais misterioso, muito mais cheio de Ibope. Chego até a dizer… Ele gosta de aparecer. Sinto que estando cá no céu, não vou ver ninguém, talvez sinta a presença dos meus. Então nada de recreação! Já pensou que festa!

Talvez com o passar do tempo, divulgue entre neblinas vultos conhecidos de um passado que se foi…

Tudo é mistério!

Demarcação do céu. No topo bem no alto estão os Santos bem verdadeiros “os chamados mártires”. Um pouco mais em baixo, os simplesmente santos. E aí vai, a categoria dos espertos que primam por aparecer.

Os mais simples que em qualquer cantinho já está bom.

Muito abaixo ainda, a classe operária que deu de tudo, e nada tem, onde sente a brisa do céu muito pouca e finalmente os que de bom nada tem, pois nada fizeram e por infinita bondade genuína de Deus estão alí apinhados esperando sua vez.

Aí nesta alameda perto já da terra, que está no céu, estou eu.

Em resumo, para ficar no colo de Jesus, tem que ter sido santo mártir mais de uma vez.

Estou fora!