1 de março de 2016
A voz maldita
penetrou na barreira de proteção do ouvido.
Adentrou até o mais profundo da alma.
Foi capaz de romper a fina camada protetora
que se estava formando nas cicatrizes das feridas.
Libertou as revoltas já sufocadas,
os sentimentos desordenados.
Conseguiu o que parecia impossível:
destruir o arsenal de auto-defesa.
A voz maldita
colocou novamente em erupção
o vulcão que estava temporariamente
adormecido,
amordaçado.
(S. Paulo 25.08.2004)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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