Cássio Amaral 1 de março de 2016

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O sapato velho não me serve mais. Ele agora calça pés imundos ou limpos, tanto faz.
Pouco sabe ele que sou vislumbre do clarão do sol, é a luz dele que alimenta minha alma.
Não passo de mão em mão, o repasse é condição de aprimoramento que a cegueira permite no momento.
O amor cristaliza-se no desapego, condição primeira de liberdade. A água jorra limpa sozinha, pois há risadas no infinito tocando um bandolim que anuncia sua chegada, justiça virá no tempo certo. Xangô me sinaliza com uma flecha na mão dando-me calma e entendimento, quem vê as coisas só materialmente, se joga pra quebrar a cara várias vezes com o coração despropositado, sem saber entender o outro, seu estado de espírito, não adianta dizer sim, se a mentira faz parte da verdade.
Procuro algo que me cure. O céu é maior, a infinita luz ultrapassa meu peito e vinda do altar expande. Miroku abre a porta dos céus e o clarão bate no físico. Há sempre purificação para subir a escada, levanto a mão no ato sagrado e imagino o Solo Sagrado. Meishu-Sama me abraça por inteiro. É nele que me pego e entrego de corpo e alma canalizando a luz ao próximo. O sorriso é a entrega que a boa sorte chegará no segredo da Felicidade.
Enquanto a gratidão chega pela janela do infinito minha imagem se faz na prática da luz divina, entendendo os desígnios de Deus.
O olho reluz sol além dos sentidos e agradeço a purificação para crescer.
A escolha é uma via que cada um sabe onde vai dar.
Subir a escada é opção de cada um.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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