Taciana Valença 15 de março de 2016

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Fico impressionada com a quantidade de pessoas que hoje em dia tomam remédios para depressão. Já havia pensado nisso há algum tempo, mas nessa semana li uma reportagm sobre o assunto.

Hoje você não pode mais ficar triste, se ficar está em depressão.

Não pode ficar cansado ou irritado, nem que seja apenas por alguns motivos que o tiraram da rotina normal. Haverá quem diga: é meu amigo, você anda muito estressado.

Se seu filho anda fazendo “trelas’ na escola (que era normal antigamente) ou não está rendendo nos estudos, precisa urgente de terapia ou psicóloga, antes que seja tarde. Se não presta atenção, tem “TDAH” (transtorno de déficit de atenção), se corre muito e brinca muito, é “Hiperativo”, se não gosta de brincar com os outros é “retardado”, se não entende algumas coisas, até mesmo por imaturidade é “limítrofe”.

Nossa, quantos rótulos.! Hoje existe nome para tudo!

Fui ao médico, avaliar causas de uma enxaqueca, saí com antidepressivos que me custaram 3 quilos a mais em dois meses e continuei com dores de cabeça.

Determinei então meu tratamento: nadar todos os dias! Adoro nadar! Coloquei as caixas dos remédios num saco e joguei-as no lixo. Não digo que não tenha mais algumas de vez em quando, mas melhorei quase que 90%.

Bem, não estou aqui a condenar tratamento nenhum, claro que alguém que realmente tenha depressão precisa ser tratado com remédios. Apenas questiono a quantidade de diagnósticos que são dados aleatoriamente. Não existe mais tristeza, preocupações, decepções, TPMS?

Quando um garoto leva um fora da namorada e fica triste durante um tempo, está com depressão?

Devemos estar alertas para isso. Tão grave quanto não tratarmos uma depressão, é tratarmos dela quando na verdade não temos, quando apenas estamos passando por dificuldades ou tristezas momentâneas, o que não é nada anormal nos dias de hoje.

Se você chega ao médico sem nada, estando até muito feliz, ele pode até perguntar:
não quer ficar ainda mais feliz? E passa um remedinho para aumentar sua felicidade.

Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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