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QUANDO SINTO UMA TERRÍVEL NECESSIDADE DE VIVER, SAIO À NOITE PARA PINTAR AS ESTRELAS. (Vincent Van Gogh)
Quando li esta frase e vi esta imagem no blog: http://fadasuave.blogspot.com/, não resisti – precisava escrever e refletir sobre o que faço quando sinto uma “terrível necessidade de viver”.
Primeiro deve-se notar a intensidade, não se trata apenas de uma necessidade, mas de uma terrível necessidade. E talvez este impulso venha da nossa vontade de não desistir, de nós mesmos. Parece que Vincent era muitíssimo intenso em sua necessidade de viver, de estabelecer vínculos através de sua arte personalíssima.
Eu já não sei se usaria a palavra “terrível”, acho que falaria de gana, de tesão de viver.
Eu diria algo assim: Quando sinto este tesão de viver, acordo nas madrugadas para pintar versos.
Pois é pintar versos, edificar poemas, aquarelar sentimentos. Em breves traços, um retrato, uma paisagem, um desejo.
Dizem que os impressionistas captavam momentos em suas telas, instantâneos congelados pela eternidade aos nossos olhos que, nem sempre veem a intensão do artista, mas que acrescentam uma visão particular à cena retratada.
Também assim é o poema, assim a poesia, um tempo, entre o silêncio e a palavra, entre a intenção e o verso.
Mas quando será que sinto esta necessidade de viver? Eu digo, todos os dias. Posso estar cansada e um tanto absorvida por um cotidiano por vezes medíocre, como neste exato momento, e me viro, entro em meu blog e escrevo.
Escrevo pela necessidade de sair do comum, de acrescentar uma estrela ao céu que se põe frente aos meus olhos. Acrescentar uma estrela em teus olhos e poder voltar para casa em paz!
Obs: Imagem enviada pela autora.