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Objeto de estudo em vários países, a felicidade é sempre o prato do dia nessa histérica e paranóica era dos surtantes 15 minutos de fama. Além de alvo de pesquisas há mais de 30 anos em boa parte do planeta, ela invade o cotidiano das pessoas, seja nos jornais, revistas, TVs e na internet, que não cansam de explorar este filão através de enquetes, pesquisas e matérias que, em geral, possuem apenas um cunho sensacionalista. Por isso, este que vos escreve – também perseguidor da insana há mais de 30 anos – tenta colocar em poucas linhas os seus possíveis caminhos.
Primeiro, precisamos colocar na cabeça que a base de toda a felicidade está nas relações humanas. Relacionar-se e estabelecer laços afetivos com outras pessoas já foi constatado que traz felicidade. Afinal, todos nós necessitamos do outro para compartilhar sensações, experiências e objetivos. Até porque, que graça teria se ganhássemos aquele presente ou promoção sensacionais, se não tivéssemos alguém para dividir momento tão único?
Outra saída possível é ter sempre um projeto. Mas a maioria prefere postergar a felicidade, acreditando que o amanhã será o dia certo. Esta maioria esquece que o mundo jamais será o país das maravilhas sonhado. Por isso, tenha sempre um projeto, porque este exige tempo, enquanto o desejo é efêmero.
Mente sã em corpo são. O ditado é antigo, mas ainda vale muito. Por isso, cuidar tanto do corpo quanto da mente ainda é uma das premissas para se cultivar a felicidade. Pois foi verificado que as pessoas mais felizes cuidam mais de si, comem melhor e se exercitam regularmente.
Prazer no trabalho. Eis aqui outro fator importante. É necessário perguntar-se a si mesmo se você está feliz na sua função social, pois não há como separar a vida profissional da familiar e vice-versa.
A fé ou um sentido para a existência é mais um fator crucial. Sim, não há como se dissociar dessa ancestral necessidade. Mesmo nós, seres quase-hightechcibernéticos. Porque também já foi constatado que pessoas que possuem alguma forma de religião vivem por mais tempo e são mais felizes do que os agnósticos e os ateus.
Por último, não exija tanto de si mesmo. Lembre-se que a perfeição é um mito. Ninguém neste mundo consegue ser feliz 24 horas por dia e nem pode ser o “Ricardão” todos os dias. Pois se você observar melhor, nessa ditadura da felicidade em que vivemos, o planeta virou um paraíso das drogas.
Enfim, nunca esqueça que essa paranóia coletiva na louca e incansável busca pela felicidade nos quatro cantos do planeta tem um motivo, ou melhor, um problema: é que há muito a maioria confundiu felicidade com desejo, querendo, portanto, encontrar a felicidade na satisfação do prazer. E, cá entre nós, não há roupa de grife, carrão ou cirurgia que alegre um eu interior vazio.
Obs: Imagem enviada pelo autor.