Taciana Valença 1 de fevereiro de 2016

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Cada dia tenho mais certeza de que a educação é algo que está na alma. Não adianta você achar que é educada, dizer que é uma pessoa educada ou até mesmo forçar algo que não está no seu âmago. É inútil. O pior do mal educado é que ele simplesmente acha que não é. Mas suas atitudes são, nos mínimos gestos, lastimáveis. Mal educação é algo que vai além do controle da pessoa, simplesmente por estar na sua essência, na sua história de vida, quiçá no sangue. Para isso não adianta dinheiro, roupa de grife, carros, NADA, ele será sempre alguém inferior.

O mal educado não é discreto, tem necessidade de chamar a atenção para si. Tudo nele tem que ser melhor que o dos outros (uma maneira de se enganar e disfarçar sua insegurança ou recalque). Faz questão de dizer que é feliz e perfeito (outro ledo engano, pois se fosse perfeito seria, no mínimo, educado). Normalmente despreza as pessoas que eles acham que podem lhes fazer sombra, ou ofuscar o brilho que ACHAM possuír. Sempre tratam de forma BEM diferente ricos e pobres, pois agem por instinto e instinto de mal educado é ir atrás de dinheiro e futilidades, que trazem junto a falsa felicidade. Não sabem receber as pessoas em casa, não sabem conversar e nem mesmo agregar grupos diferentes, agindo mais uma vez por interesse e por também serem pessoas vazias e limitadas no contexto geral. São de difícil convivência. A falsa superioridade tenta entender seus complexos e frustraçoes, daí a necessidade de ter que estar provando que são melhores, mais felizes e mais inteligentes (uma certeza que no fundo não tem, pelo contrário). O mal educado não sabe ser gentil ( a não ser que estejam interessados em alguma coisa, mesmo assim, por pouco tempo, até conseguirem ou se frustrarem). Não respeitam os mais velhos (a não ser que tenham algo a lhes darem) e são companhias que alguém educado não suporta por mais de 15 minutos, portanto, alguém de quem nunca queremos estar perto. Já alguns mal educados, que realmente foram criados em ambientes de maior pobreza ou não tiveram nem mesmo acesso a escolas são perdoáveis, mas, mesmo assim, tenho conhecido almas muito educadas dentro das suas simplicidades, provando mais uma vez que educação pode realmente ser algo nato, da essência de cada um. Pode errar o português, nem por isso deixando de ser diferenciado pela educação e delicadeza d’alma. Em tudo e por tudo eu prefiro sempre os autênticos!

Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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