A ética e a reflexão, isto é, a filosofia, há tempos abandonaram o corpo da política. Em seu lugar, entraram o interesse particular (e todas as mutretas), a religião (com o que ela tem de pior: a intolerância) e o retrocesso (parece que os nossos políticos estão estendendo a mão para a Idade Média em vez de apontá-la para a evolução humana). Quem sabe o que nos espera? O que nos reserva o futuro? Será que desse caos nascerá alguma estrela? “Deus está morto”, já disse Nietzsche. Isto é, morto o que havia de sagrado na humanidade: o pensar em termos coletivos, o bem comum. Um corpo harmonioso “D’eus”. O mundo dos homens parece nos dizer o contrário: se vira, é cada um por si.
Obs: O autor é escritor e editor. Também é sócio-proprietário da Editora Penalux