Considero-me um bom atirador, mas como o ser humano é cheio de falhas e defeitos não é de se estranhar que o improvável aconteça quando se está caçando.
Devia ser 14h quando os cachorros começaram a perseguir uma caça e não demorou muito para que seus latidos acusassem que a caça estava vindo na nossa direção. Pois estávamos eu e meu pai e não sei o porquê dos fatos, mas o certo é que eu estava com a espingarda preparada para o disparo.
Como a mata era limpa, de longe avistei o veado que vinha ao nosso encontro. Preparei-me e esperei o bicho chegar mais perto, e mais perto, e mais perto, até que o animal se espantou com a nossa presença e sumiu na mata. Ainda efetuei o disparo, mas sem condições de acertar o alvo.
O velho ficou uma arara, aliás, uma curica de raiva por eu não ter atirado no bicho bem ali na nossa frente. O problema é que eu jamais atirei em algo em movimento e eu esperava que o veado ficasse parado, fato este que não aconteceu.
Era a comida da semana que eu deixava escapar.
Obs: O autor é Professor da Rede Pública Municipal de Santarém.
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA. Técnico em Educação na Rede Estadual. Especialista em Ciências Sociais para o Ensino Médio e autor do livro – Brinquedo: Contos e Poesias.