Ana Eliza Machado 1 de janeiro de 2016

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Até o momento dessa postagem, 26 mineiros já foram resgatados da mina que desabou no dia cinco de agosto em Copiapó – no Chile. O desmoronamento deixou 33 trabalhadores presos em uma galeria de quase 700 metros de profundidade.
Sei bem como essa notícia é corriqueira e todos já estão enjoados de ouvir falar disso. Mas não deixa de ser importante e fruto de discussão.
Ouvi em uma das muitas reportagens uma repórter falando o seguinte “Durante o resgate do primeiro mineiro, pairava ali uma sensação de esperança.”. Não pude deixar de discordar da repórter. A esperança sempre esteve ali. Falo isso porque eu, como espectadora, esperava que aqueles mineiros saíssem o quanto antes daquela mina. Se eu, que não me envolvia com o caso de nenhuma maneira afetiva, senti tristeza, alegria e esperança, imagino como estavam se sentindo aquelas famílias, aqueles mineiros, as pessoas que estavam se envolvendo no projeto. Os sentimentos que eu sentia eram mais do que míseros perto dessas pessoas.
Esperança, essa sempre esteve ali. Ela que segurava a mão daqueles que não viam o azul do céu há pouco mais de dois meses. Que acalentava os filhos e as mulheres que esperavam do lado de fora. E que dava forças para que engenheiros, técnicos e colegas se empenhassem para trazê-los de volta. A previsão era que eles saíssem apenas na época do Natal, o Bom Velhinho resolveu trazer seus presentes mais cedo esse ano…
Minha conclusão é simples, outras pessoas (quer sejam célebres ou não) já a disseram. A fé e a esperança movem forças que não temos nem ideia. Não importa em que, ou em quem temos fé. Não importa se nossa esperança está em algo real ou não. O que importa é acreditar, e fazer com que se acredite. (13.10.10)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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