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Mais uma vez chegou o tempo de Natal. E da¿ como celebrar este aniversário, que teoricamente é o mais importante para cerca de dois bilhões de seres humanos¿ Assim se pensa, pois quase um quarto de toda a população do planeta se sente de algum modo, ligado a Jesus de Nazaré, o aniversariante de sexta feira próxima. Uma forma celebrativa centraliza no menino pobrezinho na manjedoura e canta “dorme em paz oh! Jesus. Essa forma corre o risco de gerar emoções passageiras que depois do dia tudo continua como antes.

Celebrar o aniversário de Deus, nascido ser humano, que cresceu, tornou-se homem e assumiu seu papel na sociedade e a partir dela, assumiu sua missão na humanidade, assim poderá ter mais significado. Esta maneira pode ser mais realista e comprometedora. Será fazer memória do ontem para o hoje, como aliás o aniversariante queria, quando antes de partir disse aos seus seguidores: “vão pelo mundo e sejam meus representantes, fazendo outros discípulos meus”.

Por exemplo, refletir sobra a presença do aniversariante lá em Cafarnaum, em Nazaré, em Jerusalém, diante da mulher com hemorragia por dose anos, diante do homem cego de Jericó, como também diante de autoridades como Herodes, Pilatos, ou os doutores da lei. Como ele agira e reagia diante das diferentes realidades de seu tempo. E então, em seu aniversário compreender como ele espera que seus seguidores o representem na cidade, na comunidade rural, na Amazônia e até no planeta.

Como ser discípulo/a de Jesus, festejar seu aniversário hoje, nesta sociedade tão desigual, injusta e ameaçando a destruição do planeta terra? Uma sociedade que é semelhante ou mais injusta que a sociedade do tempo de Jesus na Palestina, como? Por isso que este tempo de natal é propício a que cada um, cada uma de nós se pergunte, que presente vou oferecer ao aniversariante no dia 25? Uma lágrima? Uma oração? Um Noite Feliz dorme em paz? Ou será que estamos em condição de dizer a ele: conte comigo, se seguir seu caminho especificado nas Bem aventuranças de Mateus, é uma cruz pesada, mas vou tentar tomá-la e te seguir para que possa contribuir para mudar a cruel realidade de nossa sociedade. Vamos arriscar mais Feliz Natal a você…

Obs: Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhâ? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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