Isolados durante dois séculos nas entranhas das minas gerais, tendo como escudo a malária que não penetrava em seus corpos fechados – remanescentes de quilombolas cultivam aquele mesmo torrão desbravado por negros fugidos, quando, num grito de revolta contra a opressão escravocrata, recusaram-se a alimentar os vorazes cofres da Coroa, e abandonaram os garimpos de ouro e diamante, rumo ao reencontro com
a liberdade que lhes fora roubada.

As ameaças hoje são outras… e a malária não os protege mais. Aquela inóspita região, antes assombrada pelos monstros do desconhecido, agora desperta a cobiça de grileiros e de pecuaristas.

Mas o espírito lutador ainda corre nessas veias brasileiras, como as águas do Gorutuba serpenteando a serra do Espinhaço. Guardiões da natureza que os guarda – grande família que são – gerações coexistem em harmonia, perpetuando saberes seculares, com suas ervas, bênçãos e batuques.

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