1 de dezembro de 2015
Nasce no meio da rua.
O esgoto recolhe teu manto vermelho.
Desesperado procuras a Mãe-abandono
para sugar o primeiro leite materno.
O frio da noite contorce teu corpo esguio.
Olhares transeuntes questionam o mísero destino.
Piedade, comoção, desatino.
Fruto apodrecido de um seio imaturo.
Não necessitas de um nome, de uma sina.
Gerado no ocaso e cancelado no descaso.
Um silêncio,
um grito,
a morte sorri agradecida. (22.08.2009 – 15:55h – Caxias/MA)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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