Essa é a primeira vez, depois de quatro projetos realizados, que a parceria Martin Scorsese/Leonardo DiCaprio pode realmente dar certo na premiação da Academia.
Sabemos que a sorte dos dois não é das melhores. DiCaprio, que já foi indicado a Melhor Ator por O Aviador (2005) e Diamante de Sangue (2007), permanece sem nenhuma premiação.
Scorsese, em 2007, depois de tantas vezes ignorado, finalmente venceu o Oscar de Melhor Diretor com Os Infiltrados (curiosamente, tendo DiCaprio como protagonista). O que é muito pouco para alguém com sua filmografia.
Para este ano, O Lobo de Wall Street mostra um trabalho irretocável de ambos:
DiCaprio exibe uma segurança invejável ao carregar a narrativa, surgindo em praticamente todas as cenas das três horas de projeção. Colocando timing cômico para o papel enquanto retrata também as inseguranças, a ganância, o descontrole e a arrogância de seu protagonista, numa composição surpreendentemente complexa.
Scorsese provoca risos de tanta genialidade. Conseguindo contrapor momentos intimistas, de personagem, ao frenesi, nos quais sua câmera confere uma energia quase maníaca às sequências.
Inspirado por Jordan Belfort, se eu fosse investir em algum projeto esse ano… pode aplicar tudo em O Lobo de Wall Street.
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Obs: Imagem enviada pelo autor.