[email protected]
http://ronaldoteixeira.arteblog.com.br/
http://ronaldo.teixeira.zip.net/
http://lounge.obviousmag.org/espantalho_lirico/
Ao Rio Tocantins
A gente olha pra essa água
que passa (não passa)
como se ela pudesse levar
nossas dores e medos.
A gente “viaja” nessas água
como se elas
pudessem ocultar para sempre
nossos segredos.
Esse rio guarda segredos
que até mesmo
o tempo
desconhece.
Esse rio oculta mistérios
tão antigos
que até ele mesmo
se esquece.
Esse rio é profundo
tão fundo
como meus
sonhos íntimos.
Esse rio é ligeiro
passageiro
feito meu
riso ínfimo.
Uma canoa corta o rio
como se pudesse
separar o mistério
e o encanto desse rio.
Essa canoa abre um fio
entre o limite
do sonho
e este humano desafio.
O rio que aqui dentro escorre
não é diferente
do que esse
que aí fora corre.
Só que esse aí sempre sabe
aonde vai parar
enquanto este aqui
nunca sabe aonde está o mar.
Colham meus cacos
nesse rio,
porque eu nunca
nessa vida me ajuntei.
Obs: (Do livro do autor “Para que o Fantástico não se Ausente”.
Imagem enviada pelo autor.